A emergência da questão social e o triunfo do positivismo deslocaram as preocupações estéticas para a análise da realidade. Imperou, desta forma, uma perspectiva segundo a qual a arte passava pela descrição e representação rigorosa da realidade tal qual ela se apresentava perante os olhos do observador, sem que este acrescentasse ou modificasse qualquer pormenor. Esta concepção da arte como representação objectiva, fiel e simples da realidade concretizou-se na pintura através de obras de arte em que o quotidiano aparecia brutal e dramático.
Também na literatura, o realismo reage contra a exaltação do sentimento, característica do romantismo, para se fixar na realidade nua e crua, designadamente em aspectos mais problemáticos da sociedade da época.
“ [...] o Romantismo era a apoteose do sentido; o Realismo é a anatomia do carácter a arte que nos pinta a nossos olhos - para nos conhecermos, para que saibamos se somos verdadeiros ou falsos, para condenarmos o que houve de mau na sociedade.” (Eça de Queiroz)
Em parte herdeiro do realismo, em parte reagindo contra ele, surge-nos o Impressionismo. De facto, por um lado os impressionistas trabalham fora dos seus ateliers, pintam a realidade exterior, mas fazem-no com base na percepção que dela os seus sentidos captam os momentos diferentes. O que lhes importa são as matizes de luz e cor e em diversas partes do dia, tal como os seus sentidos os captam, deixando plasmadas na tela essas suas sensações.
Impressão: Sol Nascente, óleo sobre tela de 1873: pinceladas soltas na visão do amanhecer. Museu Marmottan, Paris.
Na constante dicotomia realidade/espírito, no fim do século XIX, o Simbolismo reage contra positivismo, o realismo e o impressionismo, acentuado o facto de que arte não se deve preocupar com realidades exteriores, mas exprimir as ideias, as emoções, os sentimentos íntimos, os sonhos e os mistérios pessoais.
Também na literatura, o realismo reage contra a exaltação do sentimento, característica do romantismo, para se fixar na realidade nua e crua, designadamente em aspectos mais problemáticos da sociedade da época.
"Os caçadores" do pintor Vassili Perov
“ [...] o Romantismo era a apoteose do sentido; o Realismo é a anatomia do carácter a arte que nos pinta a nossos olhos - para nos conhecermos, para que saibamos se somos verdadeiros ou falsos, para condenarmos o que houve de mau na sociedade.” (Eça de Queiroz)
Em parte herdeiro do realismo, em parte reagindo contra ele, surge-nos o Impressionismo. De facto, por um lado os impressionistas trabalham fora dos seus ateliers, pintam a realidade exterior, mas fazem-no com base na percepção que dela os seus sentidos captam os momentos diferentes. O que lhes importa são as matizes de luz e cor e em diversas partes do dia, tal como os seus sentidos os captam, deixando plasmadas na tela essas suas sensações.
Impressão: Sol Nascente, óleo sobre tela de 1873: pinceladas soltas na visão do amanhecer. Museu Marmottan, Paris.
Na constante dicotomia realidade/espírito, no fim do século XIX, o Simbolismo reage contra positivismo, o realismo e o impressionismo, acentuado o facto de que arte não se deve preocupar com realidades exteriores, mas exprimir as ideias, as emoções, os sentimentos íntimos, os sonhos e os mistérios pessoais.
Gustave Mureau - Simbolismo
O seguinte vídeo mostra algumas das mais importantes obras de arte do século XVIII e XIX, e os seus autores mais mediáticos. Esperamos que gostem.
Glossário
Impressionismo
Corrente artistica especialmente ligada à pintura, surgida na segunda metade do seculo XIX, caracterizada pelo gosto por ambientes ao ar livre para melhor captaçao da luz, pela fixaçao da percepçao instantanea e fugaz da realidade, pela aplicaçao de cores directamente na tela em pinceladas "empasteladas" e aparentemente descuidadas, pelo esbatimento das formas e pelo uso de cores fortes e intensas.
Positivismo
Filosofia criada por Comte que, eliminando as possibilidades explicativas de natureza teológica ou metafisica, considera que o conhecimento verdadeiro dos factos só é possível através das ciências experimentais, baseadas na observação e na experimentação.
Realismo
Corrente artística, surgida na segunda metade do século XIX com as transformações económicas e sociais da época, preocupada pela representação objectiva e fiel da natureza e pela denuncia das condições de vida da classe operaria e dos vícios da burguesia.
Simbolismo
Corrente artística surgida no fim do século XIX que, opondo-se ao realismo e ao impressionismo, defende a expressão da realidade através da memoria e da imaginação com recurso e signos ou símbolos.
Fonte: Historia A- O essencial de Mário Sanches
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