Em Portugal as artes plásticas também tiveram algum destaque, embora numa escala inferior á dos outros países. Apesar disso, não poderíamos deixar de lhe dar o seu devido ênfase. Por essa razão neste novo post iremos falar de alguns dos mais importantes artistas portugueses no século XIX e das correntes artísticas em que os mesmos se destacaram.
No âmbito das artes plásticas, a modernidade acomodou – se á realidade portuguesa. Assim, no campo da pintura, nomes como Silva Porto (1850-1895), Marques de oliveira (1853-1927) ou José Malhoa (1855-1955), apesar das influências estrangeiras permaneceram ligados a uma pintura do sabor naturalista marcada pelo gosto em relação e aos actores do campo. Outros, como Bordal Pinheiro (1857 - 1929) Aurélia de Sousa (1865 – 1922) ou António Carneiro (1872 1930) preferiram o retrato, embora neste ultimo seja perceptível alguma influência do simbolismo. Finalmente aquela que parecia constituir uma jovem promessa da pintura portuguesa, devido a algum arrojo na simplificação das formas - Henrique Pousão (1859-1884) teve uma vida excessivamente curta
No campo da escultura dois nomes sobressaem: Soares dos Reis (1847- 1889) e Teixeira Lopes (1866 - 1942). O primeiro em “O Desterrado”, a par do recurso á estética clássica na modelação do corpo, denota a inquietação e melancolia face ás contradições da sociedade portuguesa da parte final do século XIX. O segundo em “A viúva ” expressa este compromisso e a representação naturalista mais adequado ao gosto do tempo. Finalmente, no âmbito da arquitectura o gosto é marcado particularmente pelo revivalismo em relação a temas medievais, assistindo-se por isso ao aparecimento de exemplares (Palácio da Pena), em Sintra onde a multiplicidade de influências (gótico, manuelino, mudéjar) constitui o traço mais saliente.
António carneiro - triptico pelos painéis da esperança amor e saudade (1899- 1901)
Teixeira Lopes - Infância de Caim 1890
António carneiro - retrato de Teixeira de Pascoes 1923
Soares dos Reis - flor de agreste